sábado, 26 de novembro de 2011

Problemas de memória & Obesidade

A obesidade é hoje uma epidemia mundial, que sabidamente pode levar a uma série de comorbidades associadas como: apnéia do sono, diabetes e doenças cardiovasculares. Entretanto, recentemente, um estudo feito pela Associação Americana de Neurologia mostrou que pessoas próximo aos 50 anos e com IMC ≥ 25 Kg/m² apresentam risco de desenvolver algum tipo de demência quando ficam mais velhas. No estudo, cerca de 8 500 irmãos gêmeos foram pesados quando estavam na meia idade e, trinta anos depois, submetidos a uma avaliação neurológica. Entre os que foram diagnosticados com doença de Alzheimer e demência vascular — aquela causada pelo entupimento de vasos no cérebro —, 39% possuíam sobrepeso e 7% eram obesos por volta dos 35 anos. Essa incidência foi 80% maior em relação às pessoas com IMC < 25 Kg/m².
Uma possível explicação para tal fato seria o maior risco de distúrbios vasculares para as pessoas que estam acima do peso. Além disso, a obesidade geralmente está associada ao aumento dos níveis de colesterol, hipertensão arterial e diabetes, situações que prejudicam a circulação do sangue pelo corpo e cérebro. Tal situação pode favorecer o entupimento dos vasos e parar de nutrir adequadamente os neurônios, facilitando o aparecimento dos déficits cognitivos. Estes mesmos fatores contribuem para o aparecimento do Alzheimer, doença que afeta a memória, o raciocínio e a localização no espaço.
Estas alterações de memória são observadas após os 40 anos, pois nesta faixa etária sofremos mais as conseqüências do desequilíbrio da pressão, aumento do colesterol e do açúcar no sangue em virtude da diminuição fisiológica do organismo. Os processos que ocorrem dentro do organismo ocorrem de maneira mais lenta, facilitando o aparecimento de distúrbios circulatórios, dificultando também a perda de peso.

A sugestão é uma dieta saudável e se manter ativo para chegar aos 40 sem problemas e evitar futuros problemas no corpo e na mente.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

É possível emagrecer comendo?

Parece impossível comer emagrecendo, mas alguns cientistas americanos têm proposto que cada alimento possui sua densidade energética, ou seja, alguns alimentos são ricos em água na sua composição, como a abobrinha, o pepino e o chuchu. Ao colocá-los no cardápio, você pode comer mais, ficar saciado e ingerir menos quantidade de calorias, como gorduras.

Com o objetivo de reduzir os índices de obesidade, os Estados Unidos optaram por trocar o modelo da pirâmide alimentar pelo prato, com o objetivo de facilitar o entendimento da população geral. Assim, o prato é dividido em quatro partes, onde frutas e vegetais ocupam metade do espaço e a outra metade pertence aos grãos e proteínas. À direita, um copo lembra a importância dos laticínios na dieta.

A proposta de criar um guia alimentar é orientar e estimular escolhas saudáveis,  ajudando na prevenção de doenças crônicas, principalmente as relacionadas à obesidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, em 2015, serão 700 milhões de obesos em todo o mundo. No Brasil, metade da população está acima do peso e 15% dos adultos são obesos, segundo dados recentes do Ministério da Saúde.

Em relação à gordura saturada, os brasileiros exageram. Uma família de quatro pessoas consome por mês três latas e meia de óleo. Se esta família reduzisse esta quantidade para 1 lata de óleo por mês, cada um deixaria de ingerir 112 calorias por dia. Em dois meses, essa mudança resultaria em quase 2 quilos a menos na balança para cada indivíduo.

Usar o prato como modelo de dieta balanceada é uma proposta de alimentação balanceada O ideal no Brasil seria montar um prato em que metade fosse reservada aos vegetais, um quarto a uma porção pequena de carne magra e o quarto restante a dupla: arroz com feijão.

Esta seria uma maneira de controlar os lanches ricos em carboidratos refinados. Pois, estes alimentos elevam os níveis de açúcar no sangue e aumentam a produção de insulina, o hormônio que coloca a glicose dentro das células. Com a insulina elevada, o organismo começa a armazenar gordura, principalmente na barriga.

Outra preocupação é a ingesta de sódio diária na comida dos brasileiros e para evitar isto o Ministério da Saúde  reduziu a quantidade deste ingrediente em alguns alimentos, como massas instantâneas, pães e bisnaguinhas. A quantidade diária de sódio disponível nos domicílios do país hoje é de 4,5 gramas, mais que o dobro do limite estipulado pela OMS, de 2 gramas.

Desde 2006, foi proposto um Guia Alimentar para a População Brasileira, que indica as seguintes porções diárias: 

 Grupos Alimentares
 Porções Recomendadas
 Cereais, raízes e derivados
 6
 Feijões
 3
 Frutas
 3
 Legumes e verduras
 3
 Leite e derivados
 3
 Carnes e ovos
 1
 Óleos, gorduras e sementes oleaginosas
 1
 Açúcares e doces
 1

            Outra descoberta interessante seria a de que a luminosidade interferiria no sono dos animais, fazendo com que os mesmos acordassem mais a noite para comer. Isso, por sua vez, contribuiria para a obesidade.

De acordo com este estudo, após oito semanas, os animais expostos à claridade tiveram um aumento 50% maior em seu peso, quando comparados aos demais. Embora não se conheça as razões para esta associação, podem-se sugerir algumas hipóteses.  O ganho de peso observado no grupo submetido à interferência da luz, mesmo nos roedores que não se alimentavam no meio da madrugada.
Nesse caso, os cientistas acreditam que o ambiente mais iluminado altera o metabolismo dos animais e humanos, podendo interferir na produção de substâncias que favoreçam um maior acúmulo de gordura na região abdominal. Além da elevação nas taxas de glicose, colesterol e pressão arterial. Para as pessoas que desejam se manter em forma, o melhor é apostar na escuridão na hora de dormir, na ingesta de alimentos com pouca densidade energética  e aplicar no seu dia-a-dia um guia de alimentação saudável.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Esteatose hepática: o que fazer?

O fígado é um órgão é responsável por várias  funções no organismo, como a síntese de diversas proteínas e de fatores de coagulação. Além disso, é neste tecido que se observa a destruição de diferentes substâncias agressoras. Ele também age renovando as células vermelhas do organismo.

A esteatose hepática é definida pelo acúmulo de gordura no fígado de origem não alcoólica, que ocorre geralmente pela ingesta excessiva de alimentos gordurosos. Nestes casos, é importante  excluir outras causas relacionadas a hepatites virais.

A esteatose hepática é a doença crônica mais comum do fígado e estima-se que sua prevalência, no país, corresponda aproximadamente a 20% a 30% da população. A presença de gordura no fígado ao longo dos anos provoca um processo de inflamação  conhecido como esteatohepatite. A evolução deste quadro favorece a formação de fibrose e prejudica o funcionamento normal do fígado. Esta fibrose pode se transformar em nódulos, o que se caracteriza como cirrose.
Esta doença se apresenta normalmente de forma pouco sintomática, o que dificulta sua detecção precoce. Em geral, a doença é detectada durante os exames anuais de rotina. O acúmulo de gordura no fígado é diagnosticado por um exame de US de abdome total. Entretanto, para  obter o diagnóstico de inflamação no fígado é necessário  fazer uma biópsia deste órgão.

As causas da doença ainda não são bem conhecidas. Mas, acredita-se que exista uma relação direta entre o aparecimento da esteatose e a obesidade. Indivíduos com  sobrepeso (IMC ≥ 25Kg/m²) ou obesos (IMC ≥ 30Kg/m²) acumulam mais gordura no abdome e por isso estão mais propensas a desenvolver a esteatose hepática. Assim como os pacientes com resistência à insulina, diabetes, colesterol alto e hipertensão participam também deste grupo de risco.

Felizmente, é possível reverter a esteatose hepática, mas é preciso investir em mudança de estilo de vida, optando por uma dieta rica em frutas, fibras e legumes e pobre em gorduras e carboidratos. A prática de atividade física diária aeróbica de 20 a 40 minutos também auxilia neste tratamento. O uso de medicações específicas para este caso deve ser avaliado individualmente por um profissional habilitado.

domingo, 17 de julho de 2011

Açucar mascavo: Existe benéficio o seu uso diário?

Vários internautas nos enviam dúvidas sobre o consumo do açúcar mascavo. Por ter imagem de ser uma alternativa mais saudável do que o refinado, vários questionamentos surgem a seu respeito. Para esclarecer as dúvidas, a Dra. Ana Maria Calábria, do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD (gestão 2008-2009), responde as perguntas mais freqüentes sobre este tipo de açúcar.

1) O que é o açúcar mascavo?
O açúcar mascavo tradicional é um alimento obtido diretamente da concentração do caldo de cana recém-extraído. Este processo elimina o uso de aditivos químicos para o processo de branqueamento e clarificação. Sua cor pode variar do dourado ao marrom-escuro, em função da variedade e da estação do ano em que é a cana é colhida.

2) Qual a diferença entre açúcar mascavo e açúcar refinado (composição química, quantidade de carboidratos, composição nutricional, calorias)?
 Composição
Refinado 
Mascavo 
Calorias (cal)
387
376
Carboidratos (g)
99,9
97,33
Vitamina B1 (mg)
0
0,01
Vitamina B2 (mg)
0,02
0,01
Vitamina B6 (mg)
0
0,03
Cálcio (mg)
1
 85
Magnésio (mg)
0
 29
Cobre (mg)
0,04
 0,3
Fósforo (mg)
 2
 22
Potássio (mg)
 2
 346
3) Existe algum benefício no consumo de açúcar mascavo, em substituição ao açúcar refinado?
O açúcar de mesa passa por um processo de refinamento. O açúcar mascavo, por não passar pelo mesmo processo, mantém as vitaminas e sais minerais da cana-de-açúcar. Apesar disso, a diferença calórica e de grama de carboidratos não são tão significativas, como mostra a tabela acima.
4) A pessoa com diabetes pode consumir açúcar mascavo? Que cuidados devem ser tomados?
Pessoas com diabetes podem, sim, consumir o açúcar mascavo, desde que sua quantidade seja computada como valor calórico e gramas de carboidrato, pois é igualmente absorvido e eleva a glicemia a patamares similares ao açúcar comum.
5) A glicose do açúcar mascavo eleva a glicemia mais rapidamente do que o açúcar refinado?
Não existem estudos baseados em evidências que confirmem essa afirmação. Logo, todas as pessoas com diabetes que preferirem utilizá-lo deverão usar as mesmas recomendações que receberam para o açúcar comum.
6) A diferença de nutrientes entre os dois tipos de açúcares traz algum benefício para quem consome? Quais?
Podem ser observadas diferenças quanto às fontes de cálcio, magnésio, fósforo e potássio, que são maiores no açúcar mascavo. Porém, isso não sugere que pessoas com diabetes tenham que preferir o açúcar mascavo, pois o que deve ser considerado nessa opção são os valores de calorias e de gramas de carboidratos que vão interferir na glicemia.
As necessidades destes minerais podem ser supridas com outros alimentos que não contenham valores tão altos de calorias e de carboidrato. Para tanto, uma consulta com o profissional nutricionista seria relevante. Assim, é possível conhecer como seria uma alimentação quantitativa e qualitativamente adequada para cada caso, em relação a fontes de energia, carboidrato, gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais, para viver de forma saudável.
É importante observar que o açúcar mascavo adoça igualmente ao açúcar comum. Entretanto, o que importa é o teor de sacarose (carboidrato) que contêm e nessa relação eles se equivalem



sábado, 25 de junho de 2011

Radicais livres: os responsáveis pelo nosso envelhecimento?


Os radicais livres são moléculas oxidantes que reagem com a gordura, as proteínas e até em nosso DNA. Estas substâncias podem provocar todo o tipo de dano nas células e estruturas do nosso corpo. Estudos recentes têm mostrado que a prática de exercícios físicos pode ser uma aliada contra estes agentes nocivos. 
Um destes estudos foi realizado pelo fisiologista Orlando Laitano, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, Pernambuco. Ele analisou o sangue de voluntários após sessões de exercícios. “Os indivíduos ativos desenvolvem uma grande proteção antioxidante”, atesta Laitano. Uma das razões disso está na mitocôndria. Esta organela intracelular é responsável pela formação de energia e usa como matéria-prima o oxigênio. O problema é que durante este processo observa-se a formação dos famosos radicais livres.  
A prática diária de atividades físicas faz com que o corpo seja capaz de aproveitar melhor o oxigênio e isto diminui a produção de radicais livres. Para que as nossas defesas do organismo estejam sempre prontas para nos ajudar é essencial treiná-las com no mínimo  três vezes por semana, por aproximadamente 45 minutos. Entretanto, é importante que o exercício tenha intensidade moderada, pois práticas muito intensas podem aumentar a formação de radicais livres.
Até o momento a maioria dos estudos contra os radicais livres e a prática de atividade física foi realizada com exercícios aeróbios. Mas surgem cada vez mais indícios de que a musculação poderia também nos proteger. O importante é sempre se manter em movimento.
›› Membrana celular: o radical livre reage com os lipídios que constituem a parede das células, dificultando a passagem de substâncias vitais e contribuindo para o envelhecimento.
›› DNA: este agente nocivo pode modificar nosso código genético e com isso, favorecer o aparecimento de tumores.
›› Músculos: o radical livre dificulta o desenvolvimento da musculatura, sendo responsável pela sensação de cansaço constante.
SEM ADVERSÁRIO, PORÉM, NÃO HÁ JOGO
ONDE MARCA PONTOS?Os radicais livres podem ser benéficos, pois podem destruir certos fungos e bactérias presentes na parede celular. Entretanto, o time destes radicais não deve ser numeroso. Suplementos vitamínicos são indicados apenas a atletas profissionais, cujo esforço em excesso pode aumentar a formação de radicais livres.

Para evitar a formação de radicais livres, é importante uma alimentação saudável, dar preferência às proteínas, que são as matérias-primas das enzimas antioxidantes e aos alimentos que sejam ricos em vitamina C. Evitar fumar, beber em excesso, ingerir alimentos industrializados, ficar estressado com freqüência e dormir pouco. Fazer atividade física regularmente sob supervisão adequada para evitar exageros na academia
 ›› Membrana celular: o radical livre reage com os lipídios que constituem essa espécie de parede das células. Com isso, dificultam a passagem de substâncias vitais e contribuem para o seu envelhecimento.
›› DNA: o oponente em questão também modifica a maneira como o código genético se expressa. Esse é o primeiro passo para o aparecimento de tumores, só para citar um exemplo.
›› Músculos: o radical ainda dificulta o desenvolvimento da musculatura. De quebra, pode ser o responsável pelo enfraquecimento desse tecido e por aquele cansaço aparentemente inexplicável.
SEM ADVERSÁRIO, PORÉM, NÃO HÁ JOGO
Até os radicais livres podem ser benéficos para nós — desde que seu time não seja mais numeroso do que deveria. “Eles desestruturam a parede celular de certos fungos e bactérias”, exemplifica Momtchilo Russo, imunologista da Universidade de São Paulo. Ou seja, nossas defesas os utilizam para superar os micróbios. “Por isso, se um indivíduo ingerir suplementos para diminuir a produção dessas moléculas sem prescrição, poderá comprometer suas defesas”, alerta Patrícia Ferraz, nutricionista do Instituto Vita, em São Paulo. Esses suplementos são indicados apenas a atletas de alta performance, cujo esforço exacerbado gera radicais além da conta.
A DISPUTA
Depois de algum tempo, o esporte consegue dar um chega pra lá nos radicais livres. Veja como isso ocorre.
1 APITA O ÁRBITRO!
O time de vermelho é composto dessas moléculas perigosas. No momento em que puxamos mais oxigênio em decorrência de uma ligeira sobrecarga física, ele fica com um pouco mais de jogadores em quadra. Então, parte para cima de um membro valioso — e frágil — da equipe de azul: a célula.
2 A VIRADA
A célula, quando ameaçada, chama reforços. Rapidamente, as enzimas entram na partida e vão de encontro aos seus antagonistas. A marcação delas consiste em uma série de reações químicas que, no final, vão transformar seus rivais em substâncias inofensivas, como a água. Refresco para o corpo.
3 O PLACAR FINAL
No término do embate, as moléculas oxidantes são varridas do jogo. Vitória de lavada das defesas do organismo, que agora terão um esquadrão enzimático sobressalente para não dar colher de chá aos seus oponentes no futuro. E, desde que você se mantenha ativo, essa seleção de benfeitores continuará firme e forte para levar o campeonato — ou, como diriam os especialistas, para manter sua saúde em dia.
O BANCO DE RESERVAS
Para deixá-lo repleto de aliados, consuma fontes de proteína, matéria-prima das enzimas antioxidantes. “Elas também precisam de minerais como o zinco, dos frutos do mar, e o selênio, das castanhas, para realizar seu trabalho”, diz a nutricionista Patrícia Campos Ferraz. Alimentos que são eles próprios antioxidantes, como os ricos em vitamina C, também inutilizam o adversário de uniforme vermelho.
NÃO OS DEIXE ENTRAR NO JOGO
Para impedir que os radicais livres lotem a quadra, evite fumar, beber em excesso, ingerir alimentos industrializados, ficar estressado com frequência, dormir pouco ou até… exagerar na academia.

Até os radicais livres podem ser benéficos para nós — desde que seu time não seja mais numeroso do que deveria. “Eles desestruturam a parede celular de certos fungos e bactérias”, exemplifica Momtchilo Russo, imunologista da Universidade de São Paulo. Ou seja, nossas defesas os utilizam para superar os micróbios. “Por isso, se um indivíduo ingerir suplementos para diminuir a produção dessas moléculas sem prescrição, poderá comprometer suas defesas”, alerta Patrícia Ferraz, nutricionista do Instituto Vita, em São Paulo. Esses suplementos são indicados apenas a atletas de alta performance, cujo esforço exacerbado gera radicais além da conta.
A DISPUTA
Depois de algum tempo, o esporte consegue dar um chega pra lá nos radicais livres. Veja como isso ocorre.
1 APITA O ÁRBITRO!
O time de vermelho é composto dessas moléculas perigosas. No momento em que puxamos mais oxigênio em decorrência de uma ligeira sobrecarga física, ele fica com um pouco mais de jogadores em quadra. Então, parte para cima de um membro valioso — e frágil — da equipe de azul: a célula.
2 A VIRADA
A célula, quando ameaçada, chama reforços. Rapidamente, as enzimas entram na partida e vão de encontro aos seus antagonistas. A marcação delas consiste em uma série de reações químicas que, no final, vão transformar seus rivais em substâncias inofensivas, como a água. Refresco para o corpo.
3 O PLACAR FINAL
No término do embate, as moléculas oxidantes são varridas do jogo. Vitória de lavada das defesas do organismo, que agora terão um esquadrão enzimático sobressalente para não dar colher de chá aos seus oponentes no futuro. E, desde que você se mantenha ativo, essa seleção de benfeitores continuará firme e forte para levar o campeonato — ou, como diriam os especialistas, para manter sua saúde em dia.
O BANCO DE RESERVAS
Para deixá-lo repleto de aliados, consuma fontes de proteína, matéria-prima das enzimas antioxidantes. “Elas também precisam de minerais como o zinco, dos frutos do mar, e o selênio, das castanhas, para realizar seu trabalho”, diz a nutricionista Patrícia Campos Ferraz. Alimentos que são eles próprios antioxidantes, como os ricos em vitamina C, também inutilizam o adversário de uniforme vermelho.
NÃO OS DEIXE ENTRAR NO JOGO
Para impedir que os radicais livres lotem a quadra, evite fumar, beber em excesso, ingerir alimentos industrializados, ficar estressado com frequência, dormir pouco ou até… exagerar na academia.

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A DISPUTA
Depois de algum tempo, o esporte consegue dar um chega pra lá nos radicais livres. Veja como isso ocorre.
1 APITA O ÁRBITRO!
O time de vermelho é composto dessas moléculas perigosas. No momento em que puxamos mais oxigênio em decorrência de uma ligeira sobrecarga física, ele fica com um pouco mais de jogadores em quadra. Então, parte para cima de um membro valioso — e frágil — da equipe de azul: a célula.
2 A VIRADA
A célula, quando ameaçada, chama reforços. Rapidamente, as enzimas entram na partida e vão de encontro aos seus antagonistas. A marcação delas consiste em uma série de reações químicas que, no final, vão transformar seus rivais em substâncias inofensivas, como a água. Refresco para o corpo.
3 O PLACAR FINAL
No término do embate, as moléculas oxidantes são varridas do jogo. Vitória de lavada das defesas do organismo, que agora terão um esquadrão enzimático sobressalente para não dar colher de chá aos seus oponentes no futuro. E, desde que você se mantenha ativo, essa seleção de benfeitores continuará firme e forte para levar o campeonato — ou, como diriam os especialistas, para manter sua saúde em dia.
O BANCO DE RESERVAS
Para deixá-lo repleto de aliados, consuma fontes de proteína, matéria-prima das enzimas antioxidantes. “Elas também precisam de minerais como o zinco, dos frutos do mar, e o selênio, das castanhas, para realizar seu trabalho”, diz a nutricionista Patrícia Campos Ferraz. Alimentos que são eles próprios antioxidantes, como os ricos em vitamina C, também inutilizam o adversário de uniforme vermelho.
NÃO OS DEIXE ENTRAR NO JOGO
Para impedir que os radicais livres lotem a quadra, evite fumar, beber em excesso, ingerir alimentos industrializados, ficar estressado com frequência, dormir pouco ou até… exagerar na academia.
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 ›› Membrana celular: o radical livre reage com os lipídios que constituem essa espécie de parede das células. Com isso, dificultam a passagem de substâncias vitais e contribuem para o seu envelhecimento.

›› DNA: o oponente em questão também modifica a maneira como o código genético se expressa. Esse é o primeiro passo para o aparecimento de tumores, só para citar um exemplo.

›› Músculos: o radical ainda dificulta o desenvolvimento da musculatura. De quebra, pode ser o responsável pelo enfraquecimento desse tecido e por aquele cansaço aparentemente inexplicável.

SEM ADVERSÁRIO, PORÉM, NÃO HÁ JOGO

Até os radicais livres podem ser benéficos para nós — desde que seu time não seja mais numeroso do que deveria. “Eles desestruturam a parede celular de certos fungos e bactérias”, exemplifica Momtchilo Russo, imunologista da Universidade de São Paulo. Ou seja, nossas defesas os utilizam para superar os micróbios. “Por isso, se um indivíduo ingerir suplementos para diminuir a produção dessas moléculas sem prescrição, poderá comprometer suas defesas”, alerta Patrícia Ferraz, nutricionista do Instituto Vita, em São Paulo. Esses suplementos são indicados apenas a atletas de alta performance, cujo esforço exacerbado gera radicais além da conta.

A DISPUTA

Depois de algum tempo, o esporte consegue dar um chega pra lá nos radicais livres. Veja como isso ocorre.

1 APITA O ÁRBITRO!
O time de vermelho é composto dessas moléculas perigosas. No momento em que puxamos mais oxigênio em decorrência de uma ligeira sobrecarga física, ele fica com um pouco mais de jogadores em quadra. Então, parte para cima de um membro valioso — e frágil — da equipe de azul: a célula.

2 A VIRADA
A célula, quando ameaçada, chama reforços. Rapidamente, as enzimas entram na partida e vão de encontro aos seus antagonistas. A marcação delas consiste em uma série de reações químicas que, no final, vão transformar seus rivais em substâncias inofensivas, como a água. Refresco para o corpo.

3 O PLACAR FINAL
No término do embate, as moléculas oxidantes são varridas do jogo. Vitória de lavada das defesas do organismo, que agora terão um esquadrão enzimático sobressalente para não dar colher de chá aos seus oponentes no futuro. E, desde que você se mantenha ativo, essa seleção de benfeitores continuará firme e forte para levar o campeonato — ou, como diriam os especialistas, para manter sua saúde em dia.

O BANCO DE RESERVAS
Para deixá-lo repleto de aliados, consuma fontes de proteína, matéria-prima das enzimas antioxidantes. “Elas também precisam de minerais como o zinco, dos frutos do mar, e o selênio, das castanhas, para realizar seu trabalho”, diz a nutricionista Patrícia Campos Ferraz. Alimentos que são eles próprios antioxidantes, como os ricos em vitamina C, também inutilizam o adversário de uniforme vermelho.

NÃO OS DEIXE ENTRAR NO JOGO
Para impedir que os radicais livres lotem a quadra, evite fumar, beber em excesso, ingerir alimentos industrializados, ficar estressado com frequência, dormir pouco ou até… exagerar na academia.


SEM ADVERSÁRIO, PORÉM, NÃO HÁ JOGO

Até os radicais livres podem ser benéficos para nós — desde que seu time não seja mais numeroso do que deveria. “Eles desestruturam a parede celular de certos fungos e bactérias”, exemplifica Momtchilo Russo, imunologista da Universidade de São Paulo. Ou seja, nossas defesas os utilizam para superar os micróbios. “Por isso, se um indivíduo ingerir suplementos para diminuir a produção dessas moléculas sem prescrição, poderá comprometer suas defesas”, alerta Patrícia Ferraz, nutricionista do Instituto Vita, em São Paulo. Esses suplementos são indicados apenas a atletas de alta performance, cujo esforço exacerbado gera radicais além da conta.

A DISPUTA

Depois de algum tempo, o esporte consegue dar um chega pra lá nos radicais livres. Veja como isso ocorre.

1 APITA O ÁRBITRO!
O time de vermelho é composto dessas moléculas perigosas. No momento em que puxamos mais oxigênio em decorrência de uma ligeira sobrecarga física, ele fica com um pouco mais de jogadores em quadra. Então, parte para cima de um membro valioso — e frágil — da equipe de azul: a célula.

2 A VIRADA
A célula, quando ameaçada, chama reforços. Rapidamente, as enzimas entram na partida e vão de encontro aos seus antagonistas. A marcação delas consiste em uma série de reações químicas que, no final, vão transformar seus rivais em substâncias inofensivas, como a água. Refresco para o corpo.

3 O PLACAR FINAL
No término do embate, as moléculas oxidantes são varridas do jogo. Vitória de lavada das defesas do organismo, que agora terão um esquadrão enzimático sobressalente para não dar colher de chá aos seus oponentes no futuro. E, desde que você se mantenha ativo, essa seleção de benfeitores continuará firme e forte para levar o campeonato — ou, como diriam os especialistas, para manter sua saúde em dia.

O BANCO DE RESERVAS
Para deixá-lo repleto de aliados, consuma fontes de proteína, matéria-prima das enzimas antioxidantes. “Elas também precisam de minerais como o zinco, dos frutos do mar, e o selênio, das castanhas, para realizar seu trabalho”, diz a nutricionista Patrícia Campos Ferraz. Alimentos que são eles próprios antioxidantes, como os ricos em vitamina C, também inutilizam o adversário de uniforme vermelho.

NÃO OS DEIXE ENTRAR NO JOGO
Para impedir que os radicais livres lotem a quadra, evite fumar, beber em excesso, ingerir alimentos industrializados, ficar estressado com frequência, dormir pouco ou até… exagerar na academia.







A DISPUTA

Depois de algum tempo, o esporte consegue dar um chega pra lá nos radicais livres. Veja como isso ocorre.

1 APITA O ÁRBITRO!
O time de vermelho é composto dessas moléculas perigosas. No momento em que puxamos mais oxigênio em decorrência de uma ligeira sobrecarga física, ele fica com um pouco mais de jogadores em quadra. Então, parte para cima de um membro valioso — e frágil — da equipe de azul: a célula.

2 A VIRADA
A célula, quando ameaçada, chama reforços. Rapidamente, as enzimas entram na partida e vão de encontro aos seus antagonistas. A marcação delas consiste em uma série de reações químicas que, no final, vão transformar seus rivais em substâncias inofensivas, como a água. Refresco para o corpo.

3 O PLACAR FINAL
No término do embate, as moléculas oxidantes são varridas do jogo. Vitória de lavada das defesas do organismo, que agora terão um esquadrão enzimático sobressalente para não dar colher de chá aos seus oponentes no futuro. E, desde que você se mantenha ativo, essa seleção de benfeitores continuará firme e forte para levar o campeonato — ou, como diriam os especialistas, para manter sua saúde em dia.

O BANCO DE RESERVAS
Para deixá-lo repleto de aliados, consuma fontes de proteína, matéria-prima das enzimas antioxidantes. “Elas também precisam de minerais como o zinco, dos frutos do mar, e o selênio, das castanhas, para realizar seu trabalho”, diz a nutricionista Patrícia Campos Ferraz. Alimentos que são eles próprios antioxidantes, como os ricos em vitamina C, também inutilizam o adversário de uniforme vermelho.

NÃO OS DEIXE ENTRAR NO JOGO
Para impedir que os radicais livres lotem a quadra, evite fumar, beber em excesso, ingerir alimentos industrializados, ficar estressado com frequência, dormir pouco ou até… exagerar na academia.

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sábado, 14 de maio de 2011

Os alimentos que combatem o envelhecimento

Uma alimentação saudável combate o desenvolvimento de diversas doenças crônicas e nos protege do envelhecimento das células. Alimentos ricos em proteínas, como o leite e iogurte, podem garantir uma pele macia, unhas e cabelos mais firmes e evitar o aparecimento das indesejáveis ruguinhas.

            A deficiência de colágeno, que é uma proteína que dá sustentação às células, causa diminuição da elasticidade da pele e, com isso, observa-se  o aparecimento dos vincos. Estudos recentes mostram que o consumo diário desta proteína não tem contra-indicação e estimula a sua produção no nosso organismo”.

            Os antioxidantes também estão sendo adicionados às receitas de muitos alimentos industrializados. “Eles auxiliam no combate aos radicais livres, que provocam o envelhecimento celular”, justifica a dermatologista Ana Cristina Fasanella, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

            “A nutrição está diretamente relacionada com a estética”, afirma a dermatologista Marcella Delcourt, da Santa Casa de São Paulo. “E, quanto mais variada a dieta, melhor. Sua pele agradece”, afirma ainda a nutróloga carioca Tamara Mazaracki, que é especialista em medicina antienvelhecimento.

            Alimentos que não podem faltar na sua dieta:

Salmão

            Esse peixe rosado é rico em uma substância de nome extenso, o dimetilaminoetano, que é mais conhecido como DMAE. Esta substância ficou conhecida na formulação de cremes, por promover o efeito Cinderela, que deixa a pele mais esticada. Para isso, é preciso comer dois ou mais filés deste peixe diariamente.

            Exageros à parte, de fato os peixes de água gelada — como a sardinha, a truta, a anchova, o arenque e o próprio salmão — devem sempre estar no cardápio. “Eles são ricos em ácidos graxos ômega-3, 6 e 9. Essas gorduras auxiliam na manutenção da barreira epidérmica, que protege o tecido, melhorando sua textura e hidratação”, explica Dr. Adilson Costa. “E têm ação antiinflamatória”, acrescenta Ana Cristina Fasanella.

            A linhaça, o gergelim, o azeite, as oleaginosas e os ovos também contêm  pequenas quantidades destes ômegas. “Os ovos, assim como o leite e seus derivados, oferecem ainda vitamina D, que previne o envelhecimento precoce”, complementa Tamara Mazaracki.

Castanha-do-pará, cogumelos, grãos integrais, frutos do mar, gérmen de trigo, leite e uva


 A castanha-do-pará, assim como os frutos do mar e o trigo integral, têm selênio, por exemplo. Esta substãncia combate a formação dos radicais livres. O cálcio, do leite e seus derivados, folhas de tom verde-escuro e sardinha, e o magnésio, dos grãos integrais e das oleaginosas, são essenciais para o bom funcionamento das células da pele. Já o zinco, das sementes e do gérmen de trigo, tem ação anti-inflamatória e cicatrizante. “Todos eles, mais o cromo, presente nas uvas e na aveia integral, e o silício, dos cogumelos e pimentões vermelho e amarelo, ajudam a combater a flacidez e os sinais da idade. Inclusive porque estão envolvidos na produção de colágeno”, conta Tamara Mazaracki.


Tomate, frutas cítricas, pepino e cenoura 

As frutas cítricas possuem doses de vitamina C que combatem os radicais livres. Em matéria de pele, é importante valorizar as fontes de vitamina E, como a manga, a couve, ervilha e do arroz integral. Além disso, no prato, você deve colocar os alimentos ricos em vitamina A, como a cenoura, a abóbora, a papaia e o pêssego.  

O tomate, por ser rico em licopeno, merece uma atenção especial, pois é um potente antioxidante. Na forma de molho, quando o fruto é cozido, o aproveitamento dessa substância pelo organismo é ainda maior. É importante fazer um rodízio das frutas durante a semana.  

Carne, frango, ovos e laticínios 

Estes alimentos são ricos em proteínas. E para a pele, a melhor proteína é a do tipo animal, sendo mais bem aproveitada do que a de origem vegetal, que é encontrada em leguminosas e cereais. Estes alimentos evitam a perda muscular e, melhoram  a flacidez da pele. “A lisina e a prolina, dois aminoácidos encontrados nos animais, são a matéria-prima para a fabricação do colágeno e da elastina”, diz Tamara Mazaracki. 

Aveia, farelo de trigo, frutas e hortaliças 

Ricos em fibras, eles colocam o intestino para funcionar. “Quando a passagem do bolo fecal pelo órgão é mais lenta, a eliminação de toxinas fica comprometida, o que prejudica a elasticidade e o viço do tecido”, conta Tamara Mazaracki. Outros elementos como espinafre, repolho, couve-flor e cereais, além das  fibras, são fontes de vitamina K, que fortalece os pequenos vasos, fundamentais para a nutrição da pele. 

Água, muita água

De nada adianta ingerir fibras, se você não tomar bastante líquido. Aliás, o efeito é o oposto: as fezes ficam ressecadas, dificultando a sua eliminação. A água é essencial para manter a pele hidratada, macia, e bonita.  

Iogurte, folhas de tom verde-escuro, batata e milho 

Estes alimentos são ricos em vitaminas do complexo B e auxiliam no processamento de gorduras, carboidratos e proteínas, melhorando a ação dos nutrientes da pele. “A B2, em especial, ajuda a controlar a oleosidade e a B6 regula o metabolismo hormonal, que tem influência sobre a saúde do tecido”, segundo Dra. Tamara.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dieta sem glúten

O glúten é uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio, malte. Como todas as proteínas, é composto de vários aminoácidos e, um destes, a gliadina, é a mais tóxica. Na mínima quantidade, é agressiva a quem é intolerante, explica a nutróloga Paula Cabral, da clínica Hagla, do Rio de Janeiro. "O glúten é usado para dar consistência, elasticidade e leveza à massa dos alimentos, em geral, bolos, bolachas, pães e pizzas", explica. Esta proteína era uma desconhecida do público. No entanto, devido a uma nova dieta que retira o glúten do cardápio com a promessa de perda de peso, esta proteína foi “descoberta”.

            Algumas celebridades como Luciana Gimenez aderiram ao menu sem glúten, com isso tendo perdido pelo menos 6 kg. Além da perda de peso, será que seria mais saudável uma dieta sem glúten?

            Os especialistas afirmam que a doença celíaca seria a única situação em que se exigiria a restrição do consumo do glúten. “Não existe base científica para condenar esse componente do trigo”, diz Jaime Amaya Farfan, cientista de alimentos da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. “A não ser no caso da doença celíaca, não há evidências de que o glúten seja uma proteína nociva ao organismo de indivíduos saudáveis ou que esteja associado à obesidade.”

            Esse elo também é contestado pela nutricionista Daniela Margo, de São Paulo. “Inexistem provas de que eliminá-lo reduz a circunferência abdominal”, frisa a especialista. Sua colega Mônica Beyruti, corresponsável pelo Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, completa: “Ok, se minimizarmos o consumo do glúten, que está presente em muitas fontes de carboidrato, haverá redução de calorias e de peso. Mas isso vale para qualquer tipo de restrição alimentar”.

            Bom, então o que é a doença celíaca?

É uma alteração do tubo gastrointestinal, onde se observa o aparecimento de: gases, vômitos e diarreia, após a ingesta de qualquer alimento que contenha glúten. Isto ocorre porque nestes indivíduos se observa a deficiência de uma enzima chamada de transglutaminase, que é responsável pela metabolização do glúten no organismo. Assim, ao ser ingerida, a proteína acaba machucando as paredes do intestino. Num estágio avançado, esse processo permite que substâncias carcinogênicas caiam na corrente sanguínea. Como prevenção, o paciente portador de doença celíaca deve excluir de sua dieta todos os alimentos que contenham glúten.

            “O que está acontecendo com a proteína do trigo é uma onda infundada de difamação”, defende o presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Edson Credidio.

            Não se sabe ao certo o que pode ter disparado essa desconfiança generalizada em relação ao glúten. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, que orienta um dos grupos de referência de portadores do mal no país, revelou que há um doente celíaco para cada grupo de 214 paulistanos. “Em Brasília existe um caso para cada 681 habitantes”, estima Karla Lisboa, técnica do Ministério da Saúde. Com o intuito de proteger tantas pessoas sensíveis, a lei brasileira obriga a indústria de alimentos a informar no rótulo de cada produto se ele contém ou não glúten. Porém esta informação parece gerar um efeito contrário, despertando a preocupação de quem não tem intolerância a esta proteína.

            A gastropediatra Lenora Gandolfi, pesquisadora responsável pelo grupo de celíacos da Universidade de Brasília alerta: “Os nutricionistas que orientam regimes que restringem o consumo da proteína do trigo têm o dever de afastar primeiro a hipótese de um caso de doença celíaca”. É que entre 4 e 10% dos parentes de primeiro grau dos celíacos também têm a enfermidade e, pior, nem desconfiam disso. “Se não é o caso, seguir uma dieta sem glúten à toa é irresponsabilidade”, opina Lenora.

            Após um mês sem ingerir bolachas e bolos, é muito difícil que um teste sorológico dê positivo para a doença celíaca. Seria necessário voltar a comer pães por no mínimo 6 meses para refazer o exame do anticorpo anti-transglutaminase para este resultado ser confiável.

            No mundo, a maior incidência de doença celíaca foi registrada na Argélia, que possui uma criança com o problema para cada grupo de 18. Os cientistas ainda não sabem dizer se o mal é genético. “De tempos em tempos, descobre-se que um ingrediente é capaz de acelerar o metabolismo e pronto: algum oportunista se apropria do resultado, nem sempre corretamente, dizendo que aquilo emagrece. Mais do que farsa, esses regimes pecam contra a saúde. Dietas que provocam um desequilíbrio nutricional, como a do Dr. Atkins e, agora, a anti-glúten, estão seguindo o caminho errado”, analisa Gláucia Pastore, diretora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp.“ Estas dietas podem até reduzir o peso em um primeiro momento, mas levam à monotonia e às vezes até podem causar sérios prejuízos à saúde.

Dietas muito restritivas e privações desnecessárias nunca é a melhor opção para perder peso. Diversificar cardápios, aumentar a ingesta diária de líquidos, frutas e legumes são alternativas importantes que auxiliam na perda de peso.





Veja abaixo uma lista de alimentos permitidos e proibidos para quem tem intolerância
ao glúten:

Permitidos: arroz e derivados, batata (fécula ou farinha), milho (fubá, farinha, amido de milho,
maisena, flocos, canjica e pipoca), mandioca (fécula ou farinha, como a tapioca, polvilho doce ou
azedo), macarrão de cereais (arroz, milho e mandioca), cará, inhame, araruta, sagu, trigo sarraceno.
Sucos de frutas e vegetais naturais, refrigerantes, chás, vinhos, champanhes, aguardentes,
saquê, café. Leite em pó, esterilizados, integrais, desnatados e semi-desnatados.
Leite condensado, creme de leite, Yakult, queijos frescos, tipo minas, ricota, parmesão.
Pães de queijo. açúcar de cana, mel, melado, rapadura, glucose de milho, malto-dextrina, dextrose, glicose, geléias de fruta e de mocotó, doces e sorvetes caseiros preparados com alimentos per-
mitidos, achocolatados de cacau, balas e caramelos. Todas as carnes, incluindo presunto e linguiça caseira. Manteiga, margarina, banha de porco, gordura vegetal hidrogenada, óleos vegetais, azeite. Feijão, broto de feijão, ervilha seca, lentilha, amendoim, grão de bico, soja.
Todos os legumes e verduras. Sal, pimenta, cheiro-verde, erva, temperos caseiros, maionese
caseira, vinagre fermentado de vinhos tinto e de arroz, glutamato monossódico.

Proibidos: todos os produtos elaborados com trigo (farinha, semolina, germe e farelo), aveia
(flocos e farinha), centeio, cevada (farinha) e malte. Cerveja, uísque, vodca, gim. Ovomaltine,
bebidas contendo malte, cafés misturados com cevada. Leites achocolatados que contenham
malte ou extrato de malte, queijos fundidos, queijos preparados com cereais proibidos.
Patês enlatados, embutidos (salame, salaminho e algumas salsichas), carnes preparadas à
milanesa. Extrato de proteína vegetal.

Verificar no rótulo: bebidas e queijos cuja composição não esteja clara no rótulo. Iogurtes,
requeijão, bebidas com leite. Doces. Maionese, catchup, mostarda e temperos industrializados.

A quinua é cultivada na Bolívia, a 3,8 mil metros de altura e é uma opção para substituir o trigo em pão, macarrão, biscoitos e farinhas na dieta dos celíacos. Com o sabor semelhante ao das nozes, a quinua, conhecida em todo o mundo e que chegou ao Brasil há apenas seis meses, é riquíssima em proteínas e tem valor nutritivo semelhante ao do leite materno, sendo superior aos de origem animal, como a carne, o leite, os ovos e o peixe.