domingo, 28 de novembro de 2010

Diabetes Gestacional: Como detectar este problema?

Este tipo de diabetes definido como a intolerância a glicose que surge durante a gestação, pode ser suspeitado quando a mulher tiver história prévia de abortamentos ou de gestação com nascimento de bebê acima de 4 Kg.

A importância deste diagnóstico precoce tem como objetivo a prevenção de  possíveis problemas para a mãe ou para o feto durante ou depois da gravidez.

Mulheres que tiveram o diagnóstico de diabetes gestacional em gestação anterior tem 30 a 60 % de chance de apresentar este problema novamente nas gestações posteriores e 80 % das mulheres com história de diabetes gestacional desenvolverão em 8 anos o Diabetes Mellitus tipo 2, sendo importante avisar a futura mamãe sobre seus riscos.

Os critérios recentes de acordo com a revista Diabetes Care de março deste ano para o diagnóstico de diabetes gestacional seriam uma dosagem de glicemia de jejum ≥ 92 mg/dl e < 126 mg/dl na ocasião da primeira consulta pré-natal. Caso a glicemia de jejum esteja ≥ 85 mg/dl e < 92 mg/dl, esta mulher teria que fazer, na 20ª semana de gestação, um exame chamado teste oral de tolerância a glicose, onde ela toma um xarope doce no laboratório, conhecido como dextrosol, que é um tipo de açúcar e após duas horas faz uma coleta de sangue. Se este valor for ≥ 153 mg/dl e < 200 mg/dl, a paciente é dita como portadora de diabetes gestacional.

O tratamento é feito com dieta alimentar e insulina. Seu objetivo é manter os valores do açúcar no sangue bem baixos (em jejum < 94 mg/dl ao se medir a glicose em aparelhos específicos, conhecidos como glicosímetros).

O risco de partos cesários e de complicações como eclampsia (= convulsão, hipertensão arterial e proteinúria) nestas gestações é maior quando comparado a gestações normais. Além do risco maior para o desenvolvimento do bebê, sendo o mais importante nestes casos o diagnóstico e tratamentos precoces.