sábado, 22 de janeiro de 2011

Chocolate: faz bem?

A história do chocolate se inicia nos anos de 1.500 A.C., sendo a civilização Olmeca, das terras baixas do Golfo do México, a primeira a aproveitar o fruto do cacau.
            Em 1519, Hernando Cortez descobriu o cacau durante suas conquistas no México, mas foi  em 1528 com Cortez que trouxe para a Espanha além do cacau a os ingredientes necessários para seu preparo. Com o passar do tempo, passaram a tomar o líquido quente, e também nesta época o cacau começou a ser feito em tabletes, que depois eram mais facilmente transformados em bebida.
            Em 1755, o cacau apareceu nos Estados Unidos e em 1795, os ingleses começaram a usar uma máquina a vapor para esmagar os grãos de cacau, a este invento deu início à fabricação de chocolates em escala industrial. Entretanto, somente 30 anos depois, os  holandeses desenvolveram uma prensa hidráulica que permitia a extração, de um lado, da manteiga de cacau, a do outro da massa de cacau. Esta última era pulverizada para se transformar em pó de cacau, se tornando solúvel em água.
            Na fabricação do chocolate, a massa de cacau, açúcar, manteiga de cacau, e, possivelmente, leite. Todo fabricante tem, para cada um de seus produtos, uma formulação própria, onde a proporção dos ingredientes varia conforme o produto final.
            Um estudo britânico mostrou o cacau é rico em flavonoides, sendo responsável por aumentar a circulação para o cérebro.
            A massa de cacau é o componente mais importante do chocolate, rico em flavonoides. Quando a massa de cacau é prensada ela forma dois tipos de produtos, um é a manteiga de cacau que corresponde a porção lipídica que preserva o aroma do fruto, mas não suas propriedades antioxidantes e benéficas a saúde. O outro produto é o pó do cacau, que preserva os flavonoides, porém por sofrer o mecanismo alcalinização, para se tornar mais facilmente solúvel, perde parte de sue benefícios à saúde. Esta última formulação está presente na composição dos biscoitos e achocolatados.

            A epicatequina, uma substância encontrada no cacau e, por extensão, no chocolate amargo, pode, juntamente com exercícios físicos, estimular a memória, revela um estudo que saiu há pouco no periódico científico americano. Em adição a isto, cientistas franceses acompanharam 1 640 pessoas com média de idade de 77 anos durante uma década. Quem seguia uma dieta com alimentos ricos em flavonoides, no caso do chocolate amargo, teve menor declínio das funções cognitivas.

TIPOS DE CHOCOLATES:

AMARGO
            Entram na sua composição as sementes de cacau, um mínimo de manteiga de cacau, pouco açúcar e nada de leite. Seu sabor peculiar se deve à maior quantidade de massa do fruto do cacaueiro. Uma barra de 30 gramas fornece 150 Kcal.

AO LEITE
           
Licor e manteiga de cacau, açúcar, leite, leite em pó ou leite condensado. Esses são alguns dos ingredientes que podem ser incluídos na receita desse chocolate, que é, aliás, creditada ao farmacêutico alemão Henri Nestlé (1814 – 1890). Calorias em 30 gramas: 159 Kcal.

BRANCO
            Muita gente não o considera digno de ser classificado como chocolate. Isso porque as sementes de cacau não fazem parte da fórmula desse alimento. Para obter o tipo branco, a indústria se vale de uma mistura de leite, açúcar, manteiga de cacau e lecitina. São 164 Kcal em 30 gramas.
           
            Estudo feito pelo Departamento de  Nutrição Humana da Universidade Real de Copenhague sugeriu que a ingesta diária de chocolate amargo ajuda a promover a saciedade. Esta pesquisa dividiu voluntários sadios em dois grupos, sendo que um deles ingeria logo pela manhã uma pequena barra de chocolate amargo e o outro, a versão ao leite. Quem comeu o tipo amargo consumiu menos calorias ao longo dos dias, conta o endocrinologista Dr. Márcio Mancini. Recomenda-se uma ingestão máxima de 30 a 40 gramas de chocolate amargo por dia.