quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Fome psicológica X fome física – Como resolver este problema?

A fome física, também conhecida como fome fisiológica ou do estômago, é a que se refere a nossa necessidade de reabastecimento e que sustenta a vida. Entretanto, a fome emocional ou psicológica é a fome que não tem ligação com a sustentação da vida. É ela que nos faz comer apesar de estarmos satisfeitos ou até passando mal. É esta fome que nos faz engordar.

A criança, desde o nascimento, estabelece um vínculo com a mãe através da amamentação. As primeiras sensações de ansiedade, consideradas desagradáveis, são experimentadas quando o bebê tem fome. O alívio da tensão só é conseguido quando a criança se alimenta. Com o crescimento, recebemos influências da família, da cultura que ajudarão a moldar um “estilo alimentar”.




Para recuperar a capacidade de comer apenas quando estivermos com fome, você deve compreender que nem toda a fome é física e não ter medo de sentir fome, pois a fome é uma sensação indispensável à vida. É preciso se acostumar a sentir fome, principalmente em horários pré-estabelecidos, como as refeições.



Psicologia do emagrecimento



Segundo alguns psicólogos a fome exagerada pode se relacionar à falta de carinho, atenção, carência afetiva e até ansiedade.



De acordo com a psicóloga Maria Inês Bittencourt, “a fome psicológica não é só fome de alimento. É também fome de algo que é representado por esse alimento. A pessoa quer se sentir amada, importante e, quando não consegue suprir esta carência de outras maneiras, entra nesse círculo de comer, e quanto mais come mais se sente infeliz, porque é claro que a comida não preenche esse vazio”.



Quem quer emagrecer tem que fazê-lo prazerosamente. O objetivo é emagrecer e permanecer magro, o que requer mudança de hábito alimentar para toda a vida. O comportamento só se torna um hábito se for agradável. Por isso, só coma se estiver com fome e não se estiver ansiosa!



A ansiedade é o principal vilão da dieta e deverá receber tratamento especial e profissional, caso seja detectado este problema.



A compulsão alimentar faz com que muitas pessoas sabotem a dieta e pode estar ou não associada à ansiedade. É importante nestes casos observar se você está assaltando a geladeira ou aquela loja de doce próximo a sua casa sem “ninguém” saber. As conseqüências de este distúrbio alimentar podem causar: anorexia e bulimia.



Um pergunta deve semprsempre ser feita antes de começar a dieta: “Você quer mesmo emagrecer”?




É preciso treino para poder distinguir a fome física e o apetite, mas sempre devemos pensar no quanto comemos durante o dia e avaliar se há alguma outra coisa da qual esteja sentindo carência.



Avalie sua fome física





Saciado

10 = cheio até ao ponto de enjôo

Neutro 9 = desconfortavelmente cheio, precisa afrouxar o cinto

8 = desconfortavelmente cheio, sinto-me completo

7 = muito completo, sinto que comi demais

6 = confortável, nem fome nem completo

5 = confortável, nem fome nem completo

4 = ínicio de sinais de fome

3 = fome, pronto para comer

2 = muita fome, incapaz de se concentrar



Faminto

1 = faminto, tonturas, irritável



O objetivo desta avaliação é você começar a comer quando tiver apresentando os sinais de fome (nível 4) e parar de comer quando estiver se sentindo completo, ou seja, ao atingir o nível 6.



Lembre-se comer é mais gostoso quando se está com fome. Coma aproveitando cada segundo.